A Xiaomi lançou o 12S Ultra como seu mais recente top de linha, na intenção de acirrar a competição contra as suas principais concorrentes. Uma delas é a Apple, que tem no iPhone 14 Pro Max o seu smartphone mais avançado do momento.

Ao colocar lado a lado os dois flagships, qual deles leva vantagem e entrega mais ao consumidor? É isso que vamos conferir agora, aqui no TudoCelular.

Dos dois lados, temos uma construção premium em diferentes situações. No 12S Ultra, o destaque fica por conta do vidro circular para abrigar o conjunto de lentes, para lembrar uma câmera DSLR, além da textura em couro na traseira. Do outro, está a traseira toda em vidro do 14 Pro Max, sem contar o módulo com os sensores na mesma posição triangular.

Tanto o modelo chinês quanto o americano fornecem um corpo em alumínio, bem como a certificação IP68, para resistência contra poeira e líquidos. O Xiaomi é o mais leve e menos largo da dupla, contra dimensões menores em altura e espessura do iPhone.

O 12S Ultra ainda vem com um leitor de impressões digitais sob a tela, solução esta que a Apple ainda não aderiu no seu celular. Por sua vez, a “Maçã” resolveu mudar o formato do notch e agora tem um layout menor com a Ilha Dinãmica, que se integra ao sistema para recursos extras. Já a Xiaomi ainda aposta no mais discreto entalhe em furo.

Na dupla, não temos qualquer slot para expansão de armazenamento por cartão microSD. Eles possuem Wi-Fi de sexta geração e NFC, para pagamentos por aproximação. O Bluetooth 5.3 do iPhone é superior ao 5.2 do 12S Ultra, que responde com o emissor infravermelho, para servir como controle remoto.

Temos mais vantagens do lado chinês. Por isso, ele abre o placar.

Estes smartphones contêm tela de 6,7 polegadas cada, porém com materiais distintos. O 12S Ultra aposta no AMOLED, para ampliar o aproveitamento frontal, além de ter resolução Quad HD+ superior. Já o 14 Pro Max vem com um display OLED, que se destaca pela calibração de cores que beira à perfeição.

De qualquer maneira, você não vai se decepcionar com o nível de brilho e o amplo ângulo de visão fornecido por estes dispositivos. Eles ainda contam com tecnologias voltadas ao streaming, como o HDR10 e o Dolby Vision.

Os aparelhos entregam taxa de atualização de 120 Hz, para uma alta fluidez, no tipo LTPO, que ajusta automaticamente a frequência, para economizar bateria. Fora a presença de proteção contra arranhões neles, seja pelo Gorilla Glass Victus do chinês, ou pelo Ceramic Shield do americano.

Maior definição e aproveitamento frontal de um lado; cores melhores do outro. Um ponto para cada.

Como bons tops de linha, estes celulares fornecem sistema de áudio estéreo, composto por dois alto-falantes. Assim, o usuário terá maior imersão sonora, seja em músicas ou nos vídeos.

O modelo da Xiaomi possui uma boa potência e qualidade de som, só que ainda fica bem abaixo do volume máximo e do equilíbrio entre graves, médios e agudos que o iPhone consegue alcançar.

Os dois não contam com qualquer conector físico para fones de ouvido, nem mandam um acessório adaptado na caixa.

Ou seja, é ponto para a Apple.

Temos de um lado o Android 12, sob a interface MIUI 13; e do outro, o iOS 16 de fábrica. Por mais que a Xiaomi esteja se dedicando a entregar três atualizações de software e quatro anos de vida útil ao seu flagship, esse tempo ainda não chega no período de suporte prolongado que a Apple oferece.

Na parte de fluidez, ambos os sistemas aproveitam bem a tela de 120 Hz para tornar a navegação mais suave. Além disso, o usuário terá neles suporte ao 5G, para uma rede móvel sempre veloz.

Passando para as funções, o 12S Ultra tem a personalização já conhecida em outros aparelhos da marca e se destaca pela possibilidade de capturar apenas uma parte da tela com gesto, ou ainda o menu flutuante para atalhos de apps. Do lado do iPhone, agora há o Always-on Display no software. Sem contar a Ilha Dinâmica, que permite uma série de interações para exibir mais informações de algum aplicativo quando é expandida.

Recursos premium de ambos os lados, a longevidade da “Maçã” acaba pesando mais e dá o ponto a ela.

A chinesa equipou no seu top de linha o Snapdragon 8 Plus Gen 1. Será que o chip da Qualcomm é capaz de encarar o A16 Bionic do iPhone? Os nossos testes de velocidade indicaram uma vantagem do 14 Pro Max, que foi quase seis segundos mais rápido na somatória das duas rodadas.

Quando comparamos os números de benchmarks, a Apple ainda fica na frente no AnTuTu e no Geekbench, mas por uma diferença menor que a vista em rivais de outras marcas. Já nos games, a dupla roda todos os títulos na qualidade gráfica máxima, além da experiência fluida pelo suporte até 120 fps.

Assim, o iPhone 14 Pro Max anota o ponto pelo seu desempenho multitarefas.

A Xiaomi colocou uma bateria de 4.860 mAh no seu celular, acima dos 4.323 mAh presentes no iPhone. A capacidade maior do chinês impacta na duração? Vimos o contrário por aqui. As otimizações do iOS pesaram mais e deram uma autonomia de cerca de 1 hora e 40 minutos a mais para o 14 Pro Max.

Quando vemos o carregamento, o cenário se inverte. O 12S Ultra é beneficiado pelo adaptador de 67 W que vem na caixa e chega aos 100% em apenas 45 minutos. O tempo se trata da metade levada pelo iPhone nos nossos testes.

A americana marca pela autonomia maior; e a chinesa pontua pela recarga mais rápida.

Tanto um quanto o outro contêm um conjunto triplo de câmeras traseiras. A principal de 50 MP do 12S Ultra não chega a registrar a mesma quantidade de detalhes do sensor de 48 megapixels do iPhone, mas consegue fazer um modo noturno mais eficiente.

Na ultrawide, encontramos nos dois celulares um HDR bem aproveitado, com cores melhores no 14 Pro Max. Ambos contam com foco automático, para aproveitar esta lente também em macros.

A câmera teleobjetiva do iPhone registra fotos nítidas, com limitação do zoom óptico de três vezes. Nisso, a periscópica da Xiaomi acaba levando vantagem, por chegar a cinco vezes de aproximação, praticamente sem perda de nitidez.

Modo noturno melhor e zoom de maior aproximação; contra fotos de dia e ultrawide superiores. Temos um novo empate.

A filmadora deles é compatível com gravações em 4K a 60 fps com todas as câmeras. A diferença está no suporte a 8K a 24 fps também nos vídeos do 12S Ultra. A estabilização óptica lida bem com os tremidos dos dois lados, só que o iPhone leva a melhor no foco mais ágil e na captura de som de maior qualidade.

Também temos no 14 Pro Max recursos adicionais para uma experiência mais completa. Podemos citar o novo Modo Ação, que torna a estabilização próxima de uma câmera esportiva. Fora o modo cinemático, para desfoque em tempo real, e a tecnologia Dolby Vision.

Por todo o conjunto, ficamos com a Apple neste quesito.

A chinesa capricha na sua câmera frontal e consegue registros cheios de detalhes e com cores vibrantes, além de selfies noturnas bastante claras. Contudo, este é o grande forte da Apple, que inseriu foco automático e estabilização óptica na frontal do seu novo iPhone, para ajudar na nitidez neste tipo de foto. Sem contar o realce das cores, para dar aquele tom mais bronzeado na pele.

Ou seja, o 14 Pro Max leva o ponto de novo.

O iPhone 14 Pro Max é o único da dupla disponível no mercado brasileiro de maneira oficial. Ele chegou por R$ 10.500, porém já pode ser encontrado por valores próximos a R$ 9.000. Apesar de não ter sido lançado por aqui, o Xiaomi 12S Ultra acaba saindo mais barato na compra de uma unidade importada, por ser achado até abaixo dos R$ 5.000.

Assim, o custo-benefício melhor do modelo chinês fecha este Comparativo.

No duelo entre estes tops de linha, a Apple acabou levando a melhor contra a Xiaomi. O iPhone 14 Pro Max tem a Ilha Dinâmica como diferencial do sistema, que também é superior na longevidade; além da tela com cores precisas; o som mais potente e equilibrado; o melhor desempenho multitarefas; e o conjunto de câmeras com melhores vídeos e selfies.

A “Maçã” pode até levar a melhor na autonomia de bateria, porém fica atrás quando o assunto é o carregamento. O 12S Ultra ainda fornece o design mais moderno, o display com melhor resolução e aproveitamento frontal maior, fora as fotos noturnas e o zoom melhores que o iPhone, apesar de o rival superar durante o dia e na ultrawide.

A Xiaomi acaba tendo a maior distância para a Apple no custo-benefício, já que uma unidade importada do celular dela custa bem menos que um iPhone comprado no mercado nacional.

RESULTADO

Xiaomi 12S Ultra: 5 PONTOS

• Design mais moderno, biometria avançada e emissor IR
• Tela AMOLED com maior resolução e aproveitamento frontal
• Bateria com menor tempo de recarga
• Câmeras traseiras com melhores fotos noturnas e zoom
• Melhor custo-benefício

Apple iPhone 14 Pro Max: 8 PONTOS

• Tela OLED com melhores cores
• Som mais potente e equilibrado
• Software com maior longevidade
• Desempenho mais rápido
• Bateria com maior autonomia
• Câmeras traseiras com melhores fotos de dia e ultrawide
• Vídeos com foco mais ágil e captura de som superior
• Câmera frontal com melhores selfies de dia e à noite

• O Apple iPhone 14 Pro Max está disponível na FastShop por R$ 9.344 e na Amazon por R$ 10.499. O custo-benefício é médio e esse é o melhor modelo nessa faixa de preço.
• O Xiaomi 12S Ultra ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.

(atualizado em 05 de novembro de 2022, às 23:06)